segunda-feira, 16 de março de 2009

Dica bacana

Retirado do site "Onde Pedalar" (http://www.ondepedalar.com/), segue a reprodução da matéria sobre quebra de correntes, algo que realmente pode atrapalhar, e muito, um passeio, principalmente se vc não tem um sacador de elos de corrente.

Porque as correntes quebram

"Algumas pessoas nunca quebram uma corrente, enquanto outras parecem sempre sorteadas. Correntes quebram por diversos motivos, tirando a má sorte de alguns, problemas técnicos podem ser evitados." Crédito: Flickr CJScott69

Algumas vezes pedras ou detritos da rua são levantados pela roda e acabam entre a corrente e o cassete. Com a força que você faz no pedal esses detritos forçam um elo da corrente rompendo-o. Isso é apenas falta de sorte e pode acontecer a qualquer um.
Agora, trocar marchas enquanto você coloca toda sua força no pedal coloca um esforço muito grande em apenas um pequeno número de elos. Os elos tem que se movimentar lateralmente para trocar de marcha, é neste momento que eles estão no seu momento mais vulnerável, pois são pressionados em ângulo. Você tem que estar pedalando para trocar de marcha, sem isso a marcha não muda, mas trocar sob pressão demasiada faz torcer o elo. Por outro lado, sua corrente vai trocar muito mais rápida se você aliviar a pressão nos pedais. Até mesmo numa subida, tente antecipar a troca de marchas dando um pouco mais de velocidade para que você possa aliviar momentaneamente os pedais para efetuar a troca. O melhor é sempre olhar para uma subida e já saber que marcha você agüenta e já selecionar a marcha antes de começar a subir de verdade. Isso é regra para a troca no câmbio dianteiro. Na frente a marcha não troca sob pressão. No cassete ainda é possível, mas o quanto menos você trocar sob pressão, melhor. Um câmbio bem regulado ajuda também a conservar a corrente, uma troca de marcha deve ser efetuada em um quarto de volta da coroa.
A probabilidade de quebra é maior se a força súbita for aplicada num elo de emenda ou num que esteja já enfraquecido. O elo se enfraquece toda vez que é torcido ou emendado, por isso evite forçar nos pedais na troca de marcha e emendar demais a corrente.

Trate sua corrente com carinho

Usar uma marcha alta em baixa velocidade vai requerer muita força das suas pernas e vai desgastar e deformar a corrente (e também seus joelhos). Quando você gira mais as pernas com uma marcha mais leve, a tensão na corrente é menor evitando desgaste desnecessário.
Uma corrente lubrificada pode competir melhor com carga súbita do que uma abandonada ao pó. Elos limpos e com óleo vão deslizar melhor uns sobre os outros espalhando a carga geral vinda do pedal, assim nenhum elo solo irá suportar toda a carga que pode ser maior que seu ponto de ruptura. Forças excessivas tendem a se concentrarem sobre elos rígidos.
Excesso de óleo pode ser também tão ruim quanto à falta. Correntes grudentas tendem a juntar mais pó e areia e acabam desgastadas mais rapidamente. Sempre limpe o excesso de óleo da parte externa da corrente. Somente uma fina camada de óleo é suficiente para evitar atritos entre os elos. Toda a fricção que precisa ser lubrificada esta na parte interna dos elos.
Com o tempo de uso a corrente coleciona vários elos mais enfraquecidos e se torna mais susceptível a rupturas a cada força súbita a ela aplicada. Correntes, cassetes e elos se desgastam mutuamente com o uso. E quando um elo chega ao desgaste máximo ele concentra ainda mais a força da tração, sem espalhar para o resto. Isso acelera ainda mais seu desgaste. Além da própria corrente, o cassete tende a ser desgastado junto com uma corrente já em fim de vida. O desgaste da corrente pode ser medido pelo seu comprimento, ela vai esticando com o uso. Correntes que já passaram de um determinado tamanho passam a levar junto o resto do sistema.
E finalmente, tem pessoas que são mais fortes e mais pesadas do que a maioria. Para estas somente uma corrente mais forte pode resolver. Existem modelos mais parrudos e, claro, mais caros. Elas vão esticar menos com o tempo e consequentemente, quebrar menos também.